terça-feira, 16 de agosto de 2011

Inter completa 5 anos de Libertadores e marco-zero dos milhões

INTER MEU ORGULHO PARABÉNS NAÇÃO COLORADA.

Fernandão. Foto: AFP Fernandão ergue a taça da Libertadores: receita colorada também foi às alturas a partir dali
Foto: AFP


Dassler Marques
Foi há exatos cinco anos, em 16 de agosto de 2006, que o Sport Club Internacional se juntou ao grupo dos campeões da Copa Libertadores da América. Contra o São Paulo, com triunfo no Morumbi e empate no Beira-Rio, deixou para trás a sina e colocou um gosto amargo na boca dos gremistas, que se vangloriavam pelo título continental que faltava aos rivais. Mas foi também em 2006 que os colorados conquistaram um título importante: clube milionário do futebol brasileiro.
Desde a temporada de conquistas na Libertadores e Mundial de Clubes da Fifa, o Internacional se consolidou como o segundo clube com mais receitas acumuladas no País, o que se repetiu em todos os anos seguintes. De 2005 para 2006 aconteceu o marco-zero desse movimento. Uma transformação significativa com crescimento de 119,3%.
"Esse título foi fundamental para tanto crescimento e mais do que as pessoas imaginam. Não foi o título em si, mas a base dessa evolução está associada ao programa de sócios que cresceu muito com o desempenho do time e toda a empolgação que isso gera. O torcedor considera o risco de não ver os jogos no estádio e por isso se associa", avalia Amir Sommogi, consultor da empresa BDO RCS, especializada em marketing esportivo.
É justamente o quadro associativo com mais de 100 mil integrantes que ajuda a explicar o sucesso financeiro do Internacional a partir do título da Copa Libertadores. "Os títulos tiveram um impacto no interesse dos torcedores a vivenciar tudo in loco e foi algo que evoluiu até 2010", acrescenta Sommogi, citando o bi da Libertadores. Para ele, o clube gaúcho é exemplo para todos os outros grandes do Brasil.
"O Inter tem 10% da torcida do Flamengo e arrecada mais. Isso é uma lição de gestão. Se tivesse os patrocínios do Corinthians ou a cota de televisão do Flamengo, seria campeão todos os anos, não ia ter para ninguém. Da mesma forma, se o Flamengo tivesse a gestão do Inter, um relacionamento com sócios e estratégias, poderia dominar", acredita.
As vendas de jogadores no crescimento do Inter
Em cinco anos a partir do título da Libertadores, o Internacional conseguiu mais de 20 negociações de jogadores, geralmente com equipes do exterior. Levantamento feito pelo Terra mostra que o clube colorado arrecadou no período mais de 130 milhões de euros com transferências. Em alguns casos específicos, como nas negociações de Nilmar e Danilo Silva, parceiros recolheram uma porcentagem dos negócios.
Ainda assim, o Internacional aprendeu como poucos a formar os elencos com jogadores de potencial comercial fortíssimo, o que fez do time colorado o clube brasileiro a mais arrecadar com transferências no período em que as categorias de base revelaram como poucos. Dos 22 principais negócios, 12 foram com jogadores formados em casa.
Esse ciclo também se fortaleceu com o título da Libertadores. Da equipe campeã continental, quatro atletas imediatamente foram para a Europa: Bolívar, Jorge Wagner, Tinga e Rafael Sobis. Luiz Adriano e Alexandre Pato surgiram para o Mundial de Clubes, foram campeões e também saíram no ano seguinte rendendo mais de 20 milhões de euros limpos. Mais uma prova de que, em 2006, o Inter aprendeu a ganhar títulos e dinheiro na mesma intensidade.

Comparativo evolução de receitas: Inter x futebol brasileiro*
Evolução das receitas da elite nacional entre 2005 e 2010: 67%
Evolução das receitas do Internacional entre 2005 e 2010: 81%
 
Confira a evolução de receitas do Internacional*
2005 - R$ 49,7 milhões
2006 - R$ 108,9 milhões - 119,3% de crescimento sobre 05 - 2º do país
2007 - R$ 155,8 milhões - 43,1% de crescimento sobre 06 - 2º do país
2008 - R$ 142,1 milhões - 8,8 de retração sobre 07 - 2º do país
2009 - R$ 176,1 milhões - 24% de crescimento sobre 08 - 2º do país
2010 - R$ 200,7 milhões - 14% de crescimento sobre 09 - 2º do país
* Dados das consultorias Casual, Crowe Horwarth RCS e BDO RCS
 
As maiores negócios do Inter desde 2006*
06 - Rafael Sobis - para o Betis - 8,5 milhões
06 - Bolívar - para o Monaco - 3 milhões
06 - Tinga - para o Borussia Dortmund - 2,9 milhões
06 - Jorge Wagner - para o Betis - 2 milhões
07 - Alexandre Pato - para o Milan - 22 milhões
07 - Ceará - para o PSG - 2 milhões
07 - Luiz Adriano - para o Shakhtar - 3 milhões
08 - Fernandão - para o Al Gharafa - 7 milhões
08 - Sidnei - para o Benfica - 7 milhões
08 - Mossoró - para o Braga - 700 mil
08 - Renan - para o Valencia - 5 milhões
08 - Wellington - para o Hoffenheim - 4,5 milhões
09 - Edinho - para o Lecce - 2,3 milhões
09 - Alex - para o Spartak de Moscou - 5 milhões
09 - Danilo Silva - para o Dínamo de Kiev - 4 milhões
09 - Ramon - para o Vasco - 800 mil
09 - Magrão - para o Al Wahda - 2 milhões
09 - Nilmar - para o Villarreal - 16,5 milhões
10 - Taison - para o Metalist - 6,3 milhões
10 - Walter - para o Porto - 6 milhões
10 - Giuliano - para o Dnipro - 11 milhões
10 - Sandro - para o Tottenham - 10 milhões
10 - Alecsandro - para o Vasco - 1 milhão


 SAUDAÇÕES COLORADAS.

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