quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Argentinos se unem a colorados antes da decisão da Recopa


Jovens torcedores de Internacional e Independiente se unem antes do segundo jogo da final da Recopa Sul-Americana, marcada para a noite desta .... Foto: Mauricio Tonetto/Terra Jovens torcedores de Inter e Independiente se unem e comemoração.


Direto de Porto Alegre
Às 21h30 de terça-feira, véspera da decisão da Recopa Sul-Americana entre Internacional e Independiente, da Argentina, as cercanias do Beira-Rio, em Porto Alegre, viraram uma arquibancada improvisada, onde o grito de guerra era um pouco diferente do habitual: "Y ya lo ves, y ya lo ves, el que no salta es de Grêmio y la Acade". Traduzindo: gaúchos e argentinos cantaram juntos contra seus grandes rivais, Grêmio e Racing (Academia), em um gesto de amizade e respeito entre o antigo "papão" de Copas Libertadores e o "maior do Brasil", como dizem os hermanos.
Os colorados prepararam um churrasco para receber cerca de 300 diablos rojos, retribuindo a recepção amigável que tiveram em Avellaneda. O vermelho dos clubes e a identificação com a cultura popular dos países aproximou as torcidas, que prometem um espetáculo digno da grandeza do futebol sul-americano nesta quarta-feira.
"Os colorados são muito amigáveis, nos trataram bem. Vemos o Inter como o maior do Brasil, pois sempre está lutando em todos os campeonatos. Vai ser muito difícil", acredita Nícolas Rodriguez, 19 anos. Desde 2006, quando conquistou a primeira Libertadores, o Internacional vence ao menos um título continental por ano. O sucesso do clube gaúcho é motivo de admiração na Argentina.
"Hoje, sem dúvida, o Inter é o principal time do Brasil e sua torcida, uma das mais populares. Estou contente porque, desde que cheguei a Porto Alegre, haviam colorados esperando. Saímos juntos, conhecemos o estádio, o museu. Em vez de nos preocuparmos com qualquer enfrentamento, estamos aproveitando este momento de cordialidade", disse Daniel Portalet, 30 anos.
"Temos as mesmas cores e histórias populares. O Inter, com argentinos no time, como D'Alessandro e Guiñazu, é parte nossa. É a primeira vez que saio do país para ver o Independiente e trouxe meu filho. Vim com um grande amigo, percorremos 1,2 mil km e isso não vou esquecer nunca. A amizade é o mais bonito", relatou Jorge Choro, 36 anos.
"Para mim, este é um momento muito importante na história do clube. Eles são legais, vermelhos como a gente, e estão para aproveitar o jogo, sem violência", retribuiu o colorado Luis Felipe de Andrade, 19 anos.

Ruas de fogo
São esperados 3 mil torcedores do Independiente e mais de 40 mil do Inter no Beira-Rio nesta quarta-feira. Nas ruas, um corredor de sinalizadores vermelhos e brancos vai receber o ônibus com os jogadores, por volta das 20h, repetindo o que foi feito na Libertadores do ano passado. A mobilização acontecerá na avenida Padre Cacique, no pórtico de entrada do estádio, com orientação da polícia e de agentes de trânsito.
Um só canto
Na segunda-feira, representantes das principais torcidas do Inter decidiram se unir, com intermediação do clube, para a decisão da Recopa.
Recentemente, a Popular, conhecida por seu estilo castelhano e empolgação durante os jogos, sofreu uma divisão interna, arrefecendo o ânimo da torcida como um todo. Para esta quarta-feira, os líderes prometeram um só canto, em nome da hegemonia do atual líder do ranking da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

SAUDAÇÕES COLORADAS.

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