terça-feira, 24 de maio de 2011

Gauchão 2011: Nos pênaltis, Inter é campeão estadual


O Rio Grande do Sul volta a ser vermelho! Depois de vencer no tempo normal por 3 a 2, mesmo resultado da vitória do Grêmio no jogo do Beira-Rio, o Inter venceu o Grêmio nos pênaltis, por 5 a 4, e conquistou o Campeonato Gaúcho de 2011.
A conquista quebra um tabu, que já durava 29 anos, sem que o Colorado comemorasse um campeonato dentro do estádio Olímpico. Em mais um grande clássico Gre-Nal, com muitos gols, defesas maravilhosas dos goleiros, falhas defensivas e principalmente sem violência, o Inter venceu por 3 a 2 no tempo normal.
Lúcio abriu o placar para o Grêmio, mas Leandro Damião, Andrezinho e D’Alessandro – de pênalti – viraram o placar. Borges, que havia sido responsável pela a eliminação da Taça Libertadores e do vice campeonato da Taça Farroupilha, marcou o segundo do Grêmio e levou a decisão do Campeonato Gaúcho para os pênaltis.
Nas cobranças, os dois goleiros deram um show, mas depois de falhar no segundo gol de Borges, Renan foi melhor. O goleiro Colorado pegou três pênaltis, um a mais que Victor, e o Inter venceu a decisão por 5 a 4 após 14 cobranças realizadas. Com a vitória, o Inter chega ao seu 40° título gaúcho e aumenta a hegemonia no estado.


 
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O Jogo

O Inter precisava de no mínimo dois gols no Olímpico para ser campeão, mas quem não sabia e olhava a escalação de Falcão, certamente pensaria que fosse o inverso. Atuando no esquema 4-3-2-1, com Juan na lateral esquerda e Kleber sendo o terceiro volante, o Inter chamou o Grêmio para o ataque.
Aproveitando a postura do Inter, o Grêmio partiu para cima e abriu o placar logo aos 15 minutos. Mesmo com três volantes, o meia Douglas recebeu livre e lançou Lúcio, que aproveitou nova falha da zaga do Inter e tocou na saída de Renan.
Com 1 a 0 para o Grêmio, o Colorado precisava marcar no mínimo três vezes para ser campeão, mas com o Inter muito recuado era o Tricolor que continuava atacando. Aos 18 minutos, o atacante Júnior Viçosa tabela rapidamente com Douglas, invade a área sozinho e chuta para linda defesa de Renan.
Aos 24 minutos Douglas, novamente com muito espaço, chuta da entrada da área, mas a bola passa rente à trave de Renan e sai pela linha de fundo. Quatro minutos depois, Falcão assume o erro na escalação e coloca Zé Roberto no lugar de Juan.
A modificação de Falcão desfaz o esquema com três volantes e aumentar ímpeto do ataque Colorado. A prova que a mudança já deveria ter sido feita, foi que no minuto seguinte, Zé Roberto foi ao fundo e cruzou para Leandro Damião cabeceia para grande defesa de Victor.
Com 31 minutos o Inter empatou e comprovou que Falcão escalou erradamente a equipe. Novamente Zé Roberto, agora pela esquerda, vai à linha de fundo e cruza rasteiro para a área. Damião fica com a bola dentro da pequena área e sem ângulo chuta no canto esquerdo de Victor para empatar o clássico.
O Grêmio volta a assustar aos 34 minutos, quando Lúcio avança com liberdade pela esquerda e dá lindo passe para Leandro, que entra sem marcação na área e chuta torto à esquerda do gol de Renan.
Um minuto depois, o meia Andrezinho sofre falta dura de Rochemback e o volante Tricolor recebe o cartão amarelo. A falta deixou o meia Colorado com muita dores no joelho e Andrezinho ficou mancando em campo.
Porém, aos 46 minutos, a persistência de Andrezinho foi recompensada com o gol da virada Colorada. Zé Roberto cobrou escanteio para a área, a zaga gremista afasta, mas Andrezinho pega rebote da entrada da área e chuta no cantinho esquerdo de Victor para colocar o Inter na frente.
Segundo Tempo – Grêmio e Inter retornaram com os mesmos jogadores que terminaram a primeira etapa, mas o meia Andrezinho não agüentou continuar e saiu para a entrada de Oscar, logo aos 4 minutos.
Aos 11 minutos o Inter quase chega ao gol que daria o título. D’Alessandro descobre Zé Roberto na direita, o meia avança e cruza, a bola passa por Victor e Damião perde um gol incrível.
A resposta do Grêmio veio dois minutos mais tarde quando Leandro abre para Mário Fernandes na direita, o lateral cruza para Viçosa, que antecipa Bolívar e finaliza rente à trave esquerda de Renan.
Aos 27 minutos o Inter ataca pela esquerda e o zagueiro Vilson afasta a bola para lateral. No momento do corte o zagueiro gremista fica no chão, mas sinaliza para o árbitro que não precisa de atendimento. O Inter cobra rápido o arremesso e Zé Roberto, justamente nas costas do zagueiro, invade a área e é derrubado por Victor. Pênalti para o Inter, que D’Alessandro converteu dois minutos depois.
O gol que dava o título ao Internacional, obrigou Renato Gaúcho a modificar o Grêmio. Com um Olímpico calado, saiu Junior Viçosa, Leandro e Gilson para as entradas de Borges, Lins e William Magrão.
Porém uma falha de Renan, aos 35 minutos (foto ao lado), fez a torcida Tricolor voltar a vibrar e recolocou o Grêmio na competição. Após cruzamento para a área, Renan sobe e fica com a bola, mas na caída o goleiro bate em Índio e solta a bola nos pés de Borges que faz o gol que leva a decisão para os pênaltis.
Zé Roberto, aos 43 minutos, e Lins aos 46 minutos, quase mudaram a história do clássico. O colorado parou em Victor e o gremista jogou por cima do gol de Renan.
Fim de jogo, 3 a 2 Inter e o Gauchão 2011 foi ser decidido nos pênaltis.

Pênaltis

(Grêmio) – Douglas abre a série para o Grêmio, deslocando Renan, e colocando o Tricolor na frente.
(Inter) – D’Alessandro, que fez de pênalti no tempo normal, abre para o inter e novamente marca em Victor.
(Grêmio) - O volante Willian Magrão bate o segundo e Renan defende no canto direito.
(Inter) – Damião cobra igual a Willian Magrão e Victor também defende.
(Grêmio) – O capitão Rochemback bate no canto direito e volta a colocar o Grêmio na frente.
(Inter) – Kleber, considerado especialista, cobra mal e Victor defende.
(Grêmio) – Lúcio, que errou na final da Taça Farroupilha, troca de canto e Renan defende novamente.
(Inter) – O jovem Oscar tem a responsabilidade de empatar a disputa e com personalidade, desloca Victor que nem sai na foto.
(Grêmio) – Lins cobra no meio do gol e marca.
(Inter) – Bollatti vai para a cobrança com a responsabilidade de acertar para manter o Inter na disputa. O argentino cobra no canto esquerdo, Victor acerta o lado, mas não alcança.
(Grêmio) – Rodolfo abre a série alternada e deixa o Grêmio em vantagem.
(Inter) – O lateral direito Nei precisa fazer para manter o Inter na briga pelo título e cobra com força no cantinho direto de Victor.
(Grêmio) – O volante Adilson vai para a sétima cobrança do Grêmio, chuta no canto direito e Renan defende (foto ao lado).
(Inter) – Com a defesa de Renan, a bola do jogo fica nos pés de Zé Roberto. O homem que entrou e mudou o jogo, não perde a oportunidade, cobra no canto direito, faz o gol do título e entra para a história do Sport Club Internacional como o jogador que deu o 40° título gaúcho para o colorado.


SAUDAÇÕES COLORADAS.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Inter fecha uma década com títulos todos os anos

São 14 conquistas no período. Clube agora parte em busca do Brasileirão, uma carência desde 1979

Internacional troféu campeão (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)Título gaúcho mantém rotina de conquistas do
Inter
Não era bem o Gauchão que a torcida do Inter queria no primeiro semestre de 2011, mas a conquista estadual tira pelo menos uma lasca da frustração da queda prematura na Libertadores. E garante ao clube colorado mais um ano com no mínimo uma taça no museu. Entre a leveza dos Estaduais e o peso de um Mundial, os torcedores vermelhos já acumulam uma década inteira com conquistas anuais.
São 14 títulos no período. A saída das vacas magras começou em 2002, quando o Inter ganhou o Gauchão depois de quatro anos de jejum. E aí vieram outros três na sequência, em 2003, 2004 e 2005, sem outras conquistas no período. Mas já era possível ver a fermentação de um clube mais forte. No ano seguinte, o Colorado ganharia a Libertadores e atingiria o degrau mais alto de sua escadaria, com a vitória de 1 a 0 sobre o Barcelona e a conquista do título mundial.
Outros títulos continentais vieram na sequência: a Recopa de 2007, a Sul-Americana de 2008, a Libertadores de 2010. E eles trouxeram a reboque a experiência em torneios internacionais, como a Copa Dubai de 2008 e a Copa Suruga de 2009, ambos conquistados.
Neste domingo, com o triunfo em mais um Gauchão, o Inter voltou a celebrar sua recente rotina de vitórias – intercaladas por alguns tombos, vide a derrota para o Mazembe no Mundial de 2010. O clube destacou a coleção de títulos em seu site oficial. E a diretoria lembrou de como tudo começou.
- O Campeonato Gaúcho sempre foi muito valorizado por nós. Lembro de como foi o começo de tudo isso, lá em 2002, com a conquista do Gauchão – observou o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Siegmann.
O curioso nessa década é a ausência de títulos nacionais: nem Brasileirão, nem Copa do Brasil. A obsessão do clube é a principal disputa do país, que começa no sábado, na Vila Belmiro, contra o Santos. O Inter não conquista o Brasileiro desde 1979. Além do Nacional, os colorados buscarão mais uma Recopa (o adversário é o Independiente, da Argentina) e comemoram o privilégio de disputar a Copa Audi, contra Barcelona, Milan e Bayern de Munique.
Os títulos do Inter:
2002: campeão gaúcho
2003: campeão gaúcho
2004: campeão gaúcho
2005: campeão gaúcho
2006: campeão da Libertadores e do mundo
2007: campeão da Recopa
2008: campeão gaúcho, da Copa Dubai e da Copa Sul-Americana
2009: campeão gaúcho e da Copa Suruga
2010: campeão da Libertadores
2011: campeão gaúcho

SAUDAÇÕES COLORADAS.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Novo duelo contra o Barcelona pela Copa Audi


Campeão de tudo, o Sport Club Internacional vai outra vez representar o futebol brasileiro em um torneio 
disputado por grandes clubes do futebol mundial. O Colorado recebeu um convite 
para participar da Copa Audi,
que será disputada em julho, ao lado de Bayern de Munique,
Milan e Barcelona e buscará mais um título.


Os confrontos foram definidos por meio de votação popular, que decidiu qu
e Internacional e Barcelona irão reviver a final do Mundial de Clubes de 2006, 
vencida por 1 a 0 pelo time alvirrubro. A estreia colorada na competição será 
no dia 26 de julho. No mesmo dia, pela outra chave, jogam 
Bayern de Munique e Milan. No dia seguinte será realizada a decisão
do torneio com os dois vencedores e a disputa pelo terceiro e pelo quarto lugares
.  O torneio será realizado no Allianz Arena, em Munique, na Alemanha.




SAUDAÇÕES COLORADAS.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

TRISTEZA COLORADA: Inter é Eliminado da libertadores 2011

O Internacional foi derrotado pelo Peñarol por 2 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, e acabou sendo eliminado da Libertadores. O time colorado abriu o placar no comecinho do primeiro tempo, mas o time uruguaio conseguiu fazer dois gols na largada da etapa final. O Inter ainda tem pela frente as disputas dos títulos do Gauchão, Recopa e Brasileirão nesta temporada.
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Inter encarou jogo difícil no Beira-Rio e não conseguiu a classificação
Após um excelente primeiro tempo, no qual o Inter foi imensamente superior à equipe uruguaia, o atual campeão da América acabou sendo surpreendido por dois gols-relâmpago no comecinho da etapa final. O time colorado ainda lutou muito na busca pela reação, teve chances claras de marcar, mas não conseguiu superar o ferrolho armado pelo Peñarol.
Agora, o Campeão de Tudo projeta a busca por outro título internacional, a Recopa Sul-Americana, que será disputada no segundo semestre contra o Independiente, da Argentina. Também está vivo na luta pelo Gauchão e irá lutar pelo tetracampeonato brasileiro a partir do dia 21 de maio.
Oscar abre o placar
O jogo começou totalmente favorável ao Inter. Logo a 1min, Oscar partiu com a bola dominada desde a meia-esquerda e chutou com a perna canhota, da entrada da área, para acertar o canto direito do goleiro Sosa. O chute foi forte, indefensável! O Beira-Rio balançou com o golaço marcado logo nos movimentos iniciais! Foi o terceiro do jovem meia-atacante com a camisa colorada.

Inter abriu o placar com Oscar (C), mas sofreu a virada no segundo tempo
O Peñarol ficou desestabilizado com o gol que tornou a sua missão ainda mais difícil no Gigante. O jogo ficou truncado. O time de Montevidéu dividia cada lance com muita energia, sendo desleal muitas vezes. Porém, o árbitro chileno Enrique Osses deixava a partida correr, ignorando faltas ou invertendo-as em favor dos uruguaios.
Inter equilibrado
O time treinado por Diego Aguirre tentou ensaiar uma reação. Aos 14min, Freitas desviou um escanteio de cabeça e a bola passou perigosamente ao lado da trave esquerda de Renan. Aos 23min, Renan saiu bem do gol e interceptou o cruzamento vindo da esquerda, antes que o atacante Olivera chegasse na bola.
Mas o Inter jogava com tranquilidade. Estava bem postado defensivamente e não abria mão de atacar. O meio-campo tinha velocidade e articulava as jogadas com muita qualidade. Aos 29min, D’Alessandro enquadrou o corpo e caprichou no chute, que passou rente à trave esquerda. Aos 32min, Rodrigo tentou afastar a bola e cabeceou para trás: Renan fez uma defesa de segurança, espalmando para escanteio. Aos 35min, após boa triangulação, Andrezinho chutou sobre o gol uruguaio. Três minutos depois, Bolatti fez passe na medida para Kleber, que invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado para fora. Quase o segundo! Aos 43min, após confusão na área colorada, Bolatti fez um corte providencial, afastando o perigo que rondava o gol de Renan.
Virada fulminante
Se o gol do Inter havia sido em alta velocidade, o que dirá do marcado pelo Peñarol na abertura do segundo tempo: em apenas 14 segundos, o time da capital uruguaia chegou ao empate. Martinuccio avançou em altíssima velocidade, tabelou com Olivera, e acertou uma pancada no ângulo esquerdo. O resultado levava a decisão da vaga para os pênaltis. Mas o panorama ficou ainda mais complicado aos 5min, quando Olivera virou o jogo ao acertar uma cabeçada no ângulo direito. 2 a 1. Era preciso fazer mais dois gols para seguir vivo na Libertadores.
Time luta até o final
O jogo ficou dramático. Aos 9min, Renan abandonou a meta para abafar o ataque do Peñarol. Na sequência, a zaga apareceu para afastar. Aos 12min, Oscar chutou cruzado, ao lado do gol. Logo depois, Ricardo Goulart e Tinga foram para o jogo nos lugares de Andrezinho e Oscar.
Aos 14min, Renan afastou cruzamento vindo da esquerda e no rebote Freitas chutou sobre o gol, quase ampliando. O Inter sofria com os contra-ataques. Cada investida dos uruguaios era revestida de muito perigo. O time colorado errava muitos passes no meio-campo e não conseguia vencer a forte marcação imposta pelo Peñarol a partir da intermediária.

D'Alessandro lutou muito, mas não conseguiu vencer o goleiro Sosa
Aos 24min, D’Alessandro conseguiu invadir a área pelo lado direito em jogada de efeito e tocou para trás: Bolatti chutou forte, mas o zagueiro conseguiu cortar, evitando o empate. Aos 26min, Rafael Sobis ingressou na vaga de Nei. No seu primeiro minuto em campo, o atacante chutou de longe para boa defesa de Sosa. Aos 31min, Bolatti experimentou de longe e a bola passou muito próxima do ângulo esquerdo. Aos 35min, Leandro Damião escorou de cabeça no interior da pequena área, mas Sosa estava atento e não deu chance para o ataque do Inter.
O jogo se aproximava do final, tornando desesperadora a situação do time de Falcão, que foi para o tudo ou nada. Aos 43min, D’Alessandro chutou de muito longe e Sosa espalmou para escanteio. A bola entraria no ângulo esquerdo. No minuto seguinte, após bate-rebate na pequena área, Sosa salvou novamente o Peñarol. Aos 45min, Rodrigo acertou a trave após cabecear entre os zagueiros. Nem o acréscimo dado pelo árbitro foi suficiente para que o atual campeão da América conseguisse vencer o ferrolho uruguaio.
"Lutamos, mas a bola não entrou. Tem dias que é assim. Agora é olhar para frente", diz Rafael Sobis.
"Como toda derrota, ela vai doer, mas não pode nos amassar e não vai nos amassar. A partir de amanhã tem que manter o equilíbrio e domingo reverter a situação", projetou Falcão.
Internacional (1): Renan; Nei (Rafael Sobis), Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Oscar (Tinga), D'Alessandro e Andrezinho (Ricardo Goulart); Leandro Damião. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Peñarol (2): Sebastián Sosa; Alejandro González, Carlos Valdez (Albín), Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Matías Corujo, Luis Aguiar, Nicolás Freitas e Matías Mier (Domingo); Oliveira e Alejandro Martinuccio (Torres).Técnico: Diego Aguirre.
Gols: Oscar (I), a 1min do primeiro tempo, Martinuccio (P), aos 14 segundos do segundo tempo, Olivera (P), aos 5min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Freitas, Aguiar (P); D’Alessandro, Nei (I).
Arbitragem: Enrique Osses, auxiliado por Francisco Mondria e Juan Maturana (trio chileno).
Público: 42.863 (38.154 pagantes). Renda: R$ 1.013.330,00.
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre.


SAUDAÇÕES COLORADAS.

terça-feira, 3 de maio de 2011

INTER campeão daTaça Farroupilha




SAUDAÇÕES COLORADAS.

Inter vence nos pênaltis, ganha returno e força dois superclássicos

Colorado empata por 1 a 1 com o Grêmio no tempo normal, mas vence nas cobranças, por 4 a 2, e ganha o returno



O Inter teve o poder da multiplicação ao superar o Grêmio nos pênaltis na tarde deste domingo, no Beira-Rio, após empate por 1 a 1 no tempo normal. Foi múltiplo em campo, com um time mais bem distribuído, mais criativo, mais agrupado. Pluralizou seu bom momento e a instabilidade do rival, consequências naturais de um clássico sem igual - não tente convencer um gaúcho do contrário. E, acima de tudo, transformou um Gre-Nal em três. A conquista do título do returno pelos colorados assegurou a realização de dois superclássicos para a definição de quem manda no Rio Grande do Sul.






O gol do Inter foi marcado por Leandro Damião, no primeiro tempo, em lance polêmico. Júnior Viçosa empatou no segundo tempo. Mas o Inter levou a melhor nos pênaltis, por 4 a 2, com gols de D'Alessandro, Damião, Kleber e Rodrigo. O Grêmio fez com Rochemback e Adílson, mas errou com Borges, que chutou por cima, e Fernando, que parou na defesa de Renan.





 A partida reuniu pela primeira vez os maiores ídolos da história dos dois clubes, ambos agora treinadores. Paulo Roberto Falcão e Renato Gaúcho travaram um duelo de estratégia. Os dois modificaram a forma habitual de suas equipes jogarem. O comandante colorado levou a melhor. O Inter foi superior em campo. Só perdeu o controle do jogo com a expulsão de Guiñazu na etapa final.Os Gre-Nais decisivos serão nos dois próximos domingos, primeiro no Beira-Rio, depois no Olímpico. Antes, é preciso pensar na Libertadores. Na quarta-feira, os colorados recebem o Peñarol, e os tricolores visitam o Universidad Católica.Euforia vermelha se confunde com ira azul: 1 a 0 pro Inter no primeiro tempoAos 23 minutos do primeiro tempo, em um Beira-Rio quase tomado de vermelho e azul, enquanto Leandro Damião fazia festa, todos os jogadores do Grêmio tentavam dar um jeito de pegar o árbitro pelas orelhas e arremessá-lo no fosso do estádio. Um segundo antes, o centroavante do Inter havia vencido Rodolfo no corpo, havia visto o defensor se espatifar no gramado, havia recuperado a bola, havia concluído com um toque precioso por cima de Marcelo Grohe. Antes mesmo de a bola cruzar a última linha tricolor e ir beijar a rede, os atletas do time visitante urravam um pedido de falta do camisa 9 rival. Márcio Chagas da Silva nada marcou. A euforia vermelha se confundiu com a ira azul. Era o gol do Inter.Era um gol que, separada a polêmica do lance, o Inter mereceu. Os colorados foram bastante superiores aos rivais no primeiro tempo. Paulo Roberto Falcão montou sua equipe em um esquema diferente do habitual, com três criadores - Andrezinho pela esquerda, Oscar pela direita e D’Alessandro livre para circular pelo meio. No Grêmio, Renato Gaúcho foi precavido. Criou um 3-6-1, com Vilson na zaga e três volantes acompanhando Douglas no meio.
Leandro Damião comemora gol do Internacional contra o Grêmio (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Leandro Damião comemora gol do Inter contra o Grêmio
Os primeiros instantes foram de supremacia do Inter. Com dez minutos, o time colorado chegou três vezes na frente com relativo perigo. Damião chutou fraco. Rodrigo cobrou falta para fora. Andrezinho cabeceou por cima.O Grêmio, quando respondeu, o fez bem. Gilson apareceu pela esquerda e mandou uma pancada em diagonal. Renan espalmou.
Mas o lance não abalou o time da casa. O Inter seguiu superior. Criou chances repetidas vezes, embora elas não tenham sido das mais ameaçadoras. Andrezinho infernizou pelo lado esquerdo. A zaga do Grêmio deve ter pensado em levantar uma daquela plaquinhas com o rosto do jogador, um valor de recompensa embaixo e um recado na parte de cima: procurado. Aos 21 minutos, ele chutou por cima. Aos 34, bateu falta, e Grohe pegou. Aos 46, bateu colocado, novamente com perigo. E foi dele o passe para o gol de Damião.
Renato Gaúcho mexeu em sua equipe ainda no primeiro tempo. Tirou Willian Magrão e colocou o atacante Leandro. Assim, transformou o 3-6-1 em 3-5-2. A mudança não teve força para dar controle ao Grêmio, mas ao menos rendeu uma chance. O guri de 17 anos recebeu lançamento de Rodolfo, entrou na área pela direita e quase empatou. O chute foi parar na rede, mas por fora. 
Grêmio equilibra jogo e busca o empate
O início do segundo tempo manteve a supremacia vermelha. Renato Gaúcho se viu obrigado a fazer mais uma mudança, já que Gabriel se lesionou. O volante Fernando foi a campo, e Vilson passou para a lateral direita. Enquanto se reorganizava, o Tricolor viu seu rival criar novas chances de gol. Tinga errou conclusão dentro da área. D’Alessandro mandou pancada de fora, e Grohe espalmou.
Aos poucos, o Grêmio conseguiu dominar o calor do Inter na partida. E equilibrou de vez as ações ao ver Guiñazu ser expulso. O argentino deu um de seus tradicionais carrinhos e levou o cartão amarelo. Já tinha um. Foi para a rua.
Falcão teve que reconstruir seu sistema de marcação. Primeiro, entrou Wilson Matias no lugar de Oscar; depois, Juan na vaga de Andrezinho. O Inter se encolheu. Virou a hora de o Grêmio forçar a barra em busca do gol.
Foi fundamental a entrada de Júnior Viçosa. A ousadia de Renato foi determinante. O treinador tirou Vilson e colocou o atacante. Aos 41 minutos, após confusão dentro da área, o atleta saído do banco completou para o gol. Era o empate. Era o renascimento do Grêmio. Era a chance de o Tricolor ser campeão gaúcho já neste domingo.O jogo explodiu em tensão. Leandro Damião fez fila na zaga gremista e só parou em Marcelo Grohe. Na resposta, Viçosa ficou livre para virar, mas a zaga abafou. Jogaço!Mas passou o tempo, acabou o jogo. Restavam os pênaltis, o drama em seu nível máximo, a situação mais inadjetivável para um gaúcho - e tente dizer a algum deles que existe algo superior a um Gre-Nal.

 
ESCALAÇÃO E ARBITRAGEM
     

Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Guiñazu, Tinga, Andrezinho (Juan) e D'Alessandro; Oscar (Wilson Matias) e Leandro Damião. Marcelo Grohe, Rafael Marques, Vilson (Júnior Viçosa) e Rodolfo; Gabriel (Fernando), Fábio Rochemback, Adílson, Willian Magrão (Leandro), Douglas e Gilson; Borges.
Técnico: Paulo Roberto Falcão Técnico: Renato Gaúcho
Gols: Leandro Damião, aos 24 minutos do primeiro tempo; Júnior Viçosa, aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gilson, Rafael Marques, Adílson (Grêmio); Guiñzu (Inter). Cartão vermelho: Guiñazu (Inter).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 01/05/2011. Árbitro: Márcio Chagas da Silva. Auxiliares: Altermir Hausmann e José Antônio Chaves Franco Filho. Público: 33.634.
 
 
 
 
 








  
  •  SAUDAÇÕES COLORADAS.