sábado, 4 de maio de 2013

Beira-Rio terá um dos gramados mais avançados

Ricardo Trade elogiou condições de trabalho no entorno do estádio gaúcho na competição








Executivo-chefe do Comitê Organizador Local da Copa de 2014: "O Beira-Rio terá um dos gramados mais avançados" Eduardo Gabardo/Agência RBS
Segundo Trade, Porto Alegre vai receber um escritório do COL com 25 funcionários em agostoFoto: Eduardo Gabardo / Agência RBS
Eduardo Gabardo, Rio de Janeiro
Desde 2010 no Comitê Organizador Local (COL), o mineiro Ricardo Trade tem a tarefade organizar o maior evento esportivo já realizado no Brasil. Aos 55 anos, ele dirige o COL, entidade formada pela CBF e que recebe verba da Fifa para cuidar de todos os detalhes da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Em uma vida ligada ao esporte, Trade começou como goleiro de handebol e depois passou para o vôlei, onde foi preparador físico e supervisor, trabalhando na Olimpíada de 1988, em Seul. No Comitê Olímpico Brasileiro esteve na organização do Pan de 2007. Chegou a morar em Veranópolis em 2004, quando foi gerente de exportação da Dal Ponte. Comanda uma equipe de 200 funcionários. Pai de três filhos - e de três cachorros, como faz questão de frisar -, Trade divide seus dias entre reuniões no Riocentro, onde está sediado o COL, e viagens pelas sedes do Mundial.
Na conversa com Zero Hora, sexta-feira à tarde, garantiu não haver pressão da Fifa para a saída de Marin do cargo e não deixou perguntas sem resposta. Confira a entrevista:
Zero Hora — Que avaliação o senhor faz dos três primeiros eventos-teste para a Copa das Confederações, em Fortaleza, Belo Horizonte e Salvador?
Ricardo Trade — Não tenho dúvida nenhuma de que os estádios vão ficar prontos. Vimos problemas que precisam ser solucionados, e para isso estamos trabalhando, mas estamos satisfeitos. Evento-teste é para isso mesmo, corrigir problemas.
ZH — Ainda faltam três testes: Brasília, Recife e Rio de Janeiro. 
Trade — A entrega tardia faz com que o teste também seja tardio. Esse é o problema: teremos pouco tempo para resolver algum imprevisto, como iluminação, telão ou fluxo externo de transporte.
ZH — E o caso do Beira-Rio? Depois da preocupação com a reforma, a situação está tranquila?
Trade — O caso do Beira-Rio foi emblemático. A relação com o governador, o prefeito e com o presidente (Giovanni) Luigi foi sensacional.  Naquele momento conseguimos superar todas as adversidades. Estamos tranquilos. Semana passada nossa equipe fez uma visita a Porto Alegre. O estádio é bacana, primeiro, porque o entorno é bom de trabalhar; segundo, porque o gramado, pelo que foi passado pelos nossos técnicos, será um dos mais avançados do Brasil. A partir de agosto, Porto Alegre vai receber um escritório do COL com 25 funcionários.
ZH — Algum estádio corre risco de ser cortado da Copa?
Trade — Nós esperamos todos entregues em 31 de dezembro deste ano. Há condições para isso, o que foi garantido pela nossa área técnica e pelas construtoras. Mas é claro que temos que ficar em cima, cobrando, e o Beira-Rio é um desses casos. Uma grande vantagem é ter os seis estádios da Copa das Confederações já em condições no meio do ano.
ZH — Com os aeroportos a tranquilidade é a mesma dos estádios?
Trade — A Copa das Confederações não tem o perfil de receber muita gente de fora, é um evento mais local. Para o Mundial em 2014, o caso é diferente. Os aeroportos brasileiros precisam estar prontos e em boas condições. Contamos com isso.
ZH — E os hotéis?
Trade — As cidades têm boa quantidade de hotéis existentes, e outros estão sendo construídos. Mas é claro que vai ser importante o projeto de acomodação de turistas também em residências e apartamentos.
ZH — Como é a relação com o presidente José Maria Marin? Há pressão da Fifa para a saída dele do COL?
Trade — Ele orienta, coordena e faz contatos políticos. Ontem (quinta-feira), tivemos uma reunião de três horas. Falo com ele por telefone todos os dias, e, quando preciso conversar com governadores e ministros, ele ajuda muito. Não vejo pressão, dialogo diretamente com a Fifa. Não tem nariz torcido e nem ação contra o Marin. Nem nos bastidores.
ZH — O que significa estar no comando de uma Copa do Mundo?
Trade — Esse é o mérito dos dirigentes: a equipe técnica é supercompetente. É o projeto da minha vida. Chego cedo, saio tarde, trabalho no fim de semana porque temos prazo. Vai dar tudo certo. Podemos ter algumas falhas, mas o brasileiro é muito bom. Se nos dão condições, nós somos melhores ainda. Vamos realizar bem a Copa do Mundo.






SAUDAÇÕES COLORADAS.