terça-feira, 24 de agosto de 2010

Inter é bicampeão da América!

O Internacional é o novo campeão da Libertadores da América! O time colorado venceu o Chivas Guadalajara, de virada, por 3 a 2, na noite do dia 18 de agosto, no Beira-Rio, e conquistou pela segunda vez o principal título do continente. Sobis, Leandro Damião e Giuliano marcaram os gols para o delírio dos mais de 50 mil torcedores presentes no Gigante. Esta é a sina do Campeão de Tudo: vencer, vencer e vencer!


A placa está cravada na taça da Libertadores da América: Internacional – Campeão de 2010! A glória absoluta do continente foi mais uma vez alcançada pelo Campeão de Tudo! Assim como foi em 2006, o time colorado teve o privilégio de erguer o troféu no gramado do Beira-Rio, para deleite da maior e melhor torcida do Rio Grande! A América foi repintada de vermelho nesta antológica conquista. Um grito está ecoando por todos os cantos onde existam colorados: bicampeão!!


Começo nervoso

Os minutos iniciais foram eletrizantes. Cada centímetro do gramado foi disputado com máxima energia pelos jogadores. Não faltaram lances ríspidos. O Inter tentava trocar passes em velocidade no campo de ataque, mas os mexicanos marcavam em cima e cometiam muitas faltas.

Aos 3min, após cruzamento para a área, a bola sobrou para Tinga, que tentou acionar Rafael Sobis, mas a zaga do Chivas afastou. Aos 9min, D’Alessandro alçou a bola para a área em uma cobrança de falta e Sandro cabeceou para a defesa em dois tempos de Michel. A resposta da equipe de Guadalajara foi aos 12min, em um chute de longe de Bautista que Renan defendeu sem problemas

Inter toma a iniciativa




O Inter acelerava o jogo com toques conscientes no meio-campo. Taison era uma interessante válvula de escape com suas arrancadas verticais. Aos 21min, ele foi lançado e o goleiro teve que abandonar a área para interceptar a bola. No minuto seguinte, Fabián assustou com um chute de fora da área que passou muito perto do ângulo direito.



Aos 23min, Tinga fez grande jogada pela direita e tocou para Sobis: o atacante fez o corta-luz e Taison apareceu para concluir com um chute frontal que Michel defendeu com dificuldades. Aos 25min, D’Alessandro cobrou uma falta com muito veneno e a bola desviou na zaga para escanteio. Depois da cobrança, Bolívar pegou o rebote e chutou perigosamente ao lado do gol.



Jogo truncado



A partida ficou mais equilibrada a partir dos 30 minutos. A disputa ficou mais concentrada no meio-campo, com poucas chances de gol. Aos 37min, D’Alessandro aplicou o La Boba e tocou para o meio da área, mas Magallón conseguiu afastar com um chutão. Aos 40min, Taison foi à linha de fundo, tocou para trás e Sobis conseguiu o domínio para logo depois ser derrubado pelo goleiro mexicano. O juiz não marcou o pênalti, já que o bandeirinha sinalizou que a bola havia saído.



Chivas abre o placar



Aos 42min, o Inter foi duramente castigado. No único ataque efetivo do Chivas, Bravo desviou de cabeça e a bola sobrou na marca penal para Fabián, que acertou um belo chute e abriu o placar. Foi um gol injusto pelo volume de jogo apresentado pelo Inter na etapa inicial.Pressão total




A equipe colorada voltou com a mesma formação para o segundo tempo. O Inter manteve o ímpeto ofensivo. Logo a 1min, Taison soltou uma paulada de longe e Michel defendeu em dois tempos. O goleiro mexicano se mostrava muito inseguro. Aos 3min, Rafael Sobis experimentou de fora da área e ele fez a defesa com enorme dificuldade, com a bola explodindo no seu peito. Aos 8min, Sobis foi lançado na área e tentou driblar Michel, mas desta vez o goleiro do Chivas conseguiu se recuperar com uma boa defesa.



Brilha a estrela de Sobis



O Inter permanecia no campo de ataque, mas o Chivas se fechava bem. Mas não era possível segurar por muito tempo a pressão colorada. Aos 16min, o Inter fez boa troca de passes até que Kleber cruzou rasteiro, com precisão cirúrgica, para a área. Rafael Sobis (foto ao lado) conseguiu se esticar e desviou para o gol. Assim como em 2006, quando marcou duas vezes no primeiro jogo da final contra o São Paulo, o garoto formado no Beira-Rio foi mais uma vez decisivo. O Inter empatava para a explosão de alegria no Gigante! 1 a 1.



Aos 19min, Giuliano entrou no lugar de Taison, que deixou o campo muito aplaudido. Aos 24min, D’Alessandro chutou para defesa salvadora de Michel. No lance seguinte, foi Renan que fez grande defesa após a conclusão de Fabián, evitando o gol mexicano.



Damião sai do banco para virar o placar




Aos 27min, Leandro Damião entrou no lugar de Rafael Sobis. E três minutos depois de ingressar no jogo, Damião virou o placar para o Inter. O atacante roubou a bola no meio-campo, deu um drible da vaca no adversário, avançou em velocidade e chutou na saída do goleiro para fazer 2 a 1. A torcida comemorou o gol gritando “bicampeão!”. Ninguém mais segurava o Inter no Beira-Rio!

Giuliano não poderia deixar de marcar




Aos 38min, Tinga deixou o campo para a entrada de Wilson Matias. Aos 40min, Arellano foi expulso após entrada violenta em D’Alessandro. A festa tomou conta do Beira-Rio! “Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora!” cantavam os torcedores. Mas ainda tinha tempo para mais um gol do Inter. Aos 44min, Giuliano passou como quis pela marcação e tocou por cima do goleiro para ampliar: 3 a 1! Foi o sexto gol do meia-atacante, artilheiro do time nesta Libertadores. Araujo ainda descontou, aos 47min, mas não havia como evitar a glória colorada. A América novamente estava pintada de vermelho.



Palavra dos campeões



"Foi duro; foi emocionante. Isto é fruto de um trabalho nosso de tempos atrás. Parabéns aos jogadores que foram campeões, à torcida colorada sempre tão fiel e a todos que de alguma forma ajudaram para esta conquista. Nossa obsessão agora é o Campeonato Brasileiro e depois pensaremos no Mundial de Clubes", afirmou o vice de futebol, Fernando Carvalho.



"É uma realização inexplicável para mim. Voltar para o Clube e conquistar um título como este é sensacional", falou o goleiro Renan.






"Graças a Deus tudo deu certo. Foi difícil, mas conseguims coroar esta campanha com o título", disse Glaydson.






"Libertadores é um titulo muito importante. Tenho 21 anos e isso para o meu curriculo é ótimo. Eu e meus companheiros conseguimos. Agora é curtir bastante este título", comemorou Sandro.






"É indescritível; motivo de orgulho. Quero compartilhar com todos os meus companheiros", avisou Guiñazu.




"Foi difícil ficar de fora desta final. Mas valeu que o grupo mostrou que tem bons jogadores. Tive uma conversa com o Celso Roth e concordamos com o veto. Tive uma lesão e acabei ficando de fora. Mas é demais saber que fiz parte disso", falou Alecsandro.



"Este título é para aqueles que jogaram, não jogaram e até para aqueles que tão fora da Libertadores. Time bom e time forte ganha partida, mas um grupo forte ganha campeonatos. O individual vai aparecer quando o coleitvo é forte. Já fui premiado com gols, passes, assim como o Giuliano. Hoje fo a vez do Damião. Isso comprova que o elenco é forte, formado por homens e profissionais", avaliou Andrezinho.



"Fomos melhor. Escutamos questionamentos sempre, mas sempre também há o trabalho sério. Tentamos mostrar dentro de campo que temos qualidade. Não tem como descrever a sensação; estamos onde todo o jogador queria estar", afirmou Nei.

"O time está forte; tem um padrão de jogo. E agora é buscar o bi mundial também", almejou Clemer.

"É o Inter cada vez mais grande. Momento especial que todos querem participar e a oportunidade única. Fico sem palavras por participar desta festa de novo; eu que vivo esta situação de novo. Agora queremos o Mundial. Fiquei mais maduro e experiente. Estou muito contente: vamos comemorar", vibra o capitão da América Bolívar.

"Um grande momento para mim; de felicidade. Quero retribuir a felicidade para a minha família, meus filhos, ao Celso Roth e a todos os torcedores colorados. No momento ruim, eles estavam comigo", creditou Índio.


"Título inédito. Conquistar uma taça como esta é inexplicável e estou muto feliz por participar disso", revelou Kleber.

"Dou este presente para eles e para mim. Fiquei quase um ano parado por conta de uma lesão. E isto é um prêmio pra mim. Vamos comemorar", falou Rafael Sobis.



"É festa agora; merecemos. Depois é voltar ao trabalho. Carimbamos esta gestão como vencedora, aumentamos o número de sócios e confirmamos o Beira-Rio como estádio da Copa do Mundo de 2014. Esta torcida é quem faz o Inter ser o Inter. Somos bicampeões da América e vamos a Abu Dhabi", festejou o presidente Vitorio Piffero.






"Estava fora da América e que bom voltar para um clube como o Inter. Este título é para retribuir a confiança", emocionou-se D'Alessandro.

FESTA DOS COLORADOS NAS RUAS ,EU TAMBEM ESTOU NESSA

Da direita para a esquerda, Andrielle, sheila colorada, Ariane, Vera (minha mãe)


    Lucas , Fernando , Sheila colorada.



Internacional (3): Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga (Wilson Matias), D'Alessandro e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião). Técnico: Celso Roth.

Chivas Guadalajara (2): Michel; Magallón, De Luna, Reynoso e Ponce (Sólis); Araújo, Baéz (Vasquez), Fabián; Bautista; Arellano e Omar Bravo. Técnico: José Luiz Leal.

Gols: Fabián (C), aos 42 minutos do primeiro tempo, Rafael Sobis (I), aos 16min do segundo tempo, Leandro Damião (I), aos 30min do segundo tempo, Giuliano (I), aos 44min do segundo tempo, Araujo (C) aos 47min do segundo tempo.

Cartões amarelos: De Luna, Fabián, Bautista, Omar Bravo (C); Bolívar (I). Expulsão: Arellano (C).

Público: 53.124 (sócios: 49.297)/ Renda: R$ 2.148,430,00

Arbitragem: Óscar Ruiz, auxiliado por Abraham González e Humberto Clavijo (trio colombiano).

Local: Beira-Rio.







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SAUDAÇÕES COLORADAS.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Inter vence de virada no México e se aproxima do bi da Libertadores

Que vitória do Inter! O time colorado venceu o Chivas Guadalajara por 2 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira, no México, na primeira partida da final da Libertadores. Giuliano e Bolívar marcaram os gols. Agora, o Inter está a um empate de conquistar o bicampeonato. O jogo de volta será disputado na próxima quarta-feira (18/8), no Beira-Rio.
Foi mais uma atuação de gala do Internacional na Libertadores. O time colorado jogou com autoridade em Guadalajara e mostrou que está ávido pelo bicampeonato da América. Após um primeiro tempo primoroso, o Campeão de Tudo sofreu o gol em um lance isolado, bem no finalzinho da etapa. Mas existia uma convicção no vestiário colorado no intervalo: a virada era possível.


E assim foi. No segundo tempo, o Inter lançou-se ao ataque e marcou dois belos gols de cabeça. Foi uma vitória de encher de orgulho a maior e melhor torcida do Rio Grande. A contagem regressiva está aberta para a partida de volta no Gigante, quando a taça mais cobiçada do continente poderá ser novamente erguida, assim como foi em 2006.




Futebol solto



Nem parecia que o Inter estava jogando fora de casa. E muito menos que o gramado do estádio era sintético, tamanha era facilidade com a qual os jogadores tocavam a bola. Bem distribuído, o time colorado sufocou o Chivas no seu campo de defesa nos primeiros 15 minutos da partida. Logo aos 4min, Kleber invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado com muito perigo. A bola acertou a trave!



Marcação cerrada



O time de Guadalajara não conseguia atacar. A marcação do Inter era implacável na frente de sua área. Guiñazu e Sandro não davam espaços para os homens de criação da equipe mexicana. Abusando das jogadas pelo lado esquerdo, com Kleber e Taison, o time de Celso Roth estava sempre rondando o gol do Chivas. Os cruzamentos de Kleber para a área eram um perigo constante.

Gol injusto



A partida esfriou um pouco nos minutos finais. O Inter passou a ter dificuldades para fazer a ligação com o ataque. Aos 41min, Taison cabeceou em cima da zaga após o cruzamento de Kleber. Aos 45min, injustiça pura no México: Bautista desviou de cabeça da entrada da área e encobriu o goleiro Renan. No seu único ataque no primeiro tempo, o Chivas abria o placar no Omnilife.


Cabeça erguida


Mas o Inter não se abateu. Voltou para a etapa final com o mesmo time e com muita motivação na busca pelo empate. Aos 5min, Giuliano invadiu a área pela direita e cruzou rasteiro para o lado, na tentativa de encontrar Everton. O goleiro estava atento e interceptou a bola.


O time colorado apertava a saída de bola mexicana e fechava bem o meio, anulando os contra-ataques do adversário. Em uma rara conclusão do Chivas, aos 9min, Omar Bravo chutou cruzado e a bola passou ao lado do gol. Aos 12min, D'Alesandro cobrou uma falta para a área e a zaga afastou parcialmente. Na sequência do lance, Giuliano cabeceou sobre o gol. Era um aquecimento para o que estava por vir. Um minuto depois, Guiñazu tentou o chute de muito longe e Luis Michel defendeu em dois tempos, no susto. Aos 18min, após cruzamento da direita, a bola passou pela frente do gol colorado. Por sorte, ninguém do Chivas conseguiu desviar. Aos 23min, D'Alessandro chutou de longe e a bola passou muito perto do ângulo esquerdo.




Giuliano abre o caminho da virada



A antológica reação colorada começou aos 27min. Kleber cruzou na medida para a área, onde Giuliano saltou entre os zagueiros para cabecear no ângulo esquerdo de Luis Michel. Foi o quinto gol do meia-atacante, artilheiro do Inter na Libertadores. Com a camisa colorada, foi o 16º em 83 jogos.



Bolívar faz 2 a 1



O Inter foi fulminante no Omnilife. Quatro minutos depois de empatar o placar, Bolívar virou para o time colorado. D'Alessandro cruzou da direita e Índio escorou no interior da área para o capitão cabecear para o gol. Ele se agachou para desviar com precisão, do interior da pequena área, a bola para o fundo do gol. Vira-vira do Inter no México: 2 a 1! Foi o segundo gol de Bolívar na Libertadores (já havia feito na vitória de 3 a 0 sobre o Deportivo Quito na primeira fase).

Tranquilidade até o apito final
O time colorado controlou bem os nervos e soube administrar o resultado nos 15 minutos restantes da partida. O Inter manteve a posse de bola e deixou o desespero para o Chivas, que passou a cometer faltas duras. Com a grande vitória obtida em Guadalajara, o Inter precisa apenas de um empate na partida de volta, no Beira-Rio, para conquistar pela segunda vez o título da Libertadores. Vai ser uma noite incrível no Gigante. É esperar para ver!
"Todo mundo está de parabéns. É muito difícil de jogar aqui. Mas nada está ganho ainda. Temos que ir para Porto Alegre como se estivesse 0 a 0", ponderou Índio.



















SAUDAÇÕES COLORADAS.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Hoje começa o Primeiro confronto da Final entre Chivas x Inter

O que tinha que ser feito já foi feito; agora é encarar o Chivas da melhor maneira possível". Com estas palavras, o técnico Celso Roth encerrou o treino da tarde desta terça-feira no estádio Omnilife. O último antes do confronto de ida pela final da Libertadores da América. A equipe colorada realizou um disputado rachão no palco da partida desta quarta-feira, às 21h50. Depois, Roth comandou um trabalho de bola aérea ofensiva, originada de escanteios batidos por D'Alessandro.




O treinador acredita que os dois dias de treino no campo sintético do adversário foi fundamental para preparar o time para o jogo desta quarta. "Conseguimos nos adaptar sem problemas. É um estádio com todos os padrões da Fifa, mas precisávamos deste período para treinar aqui. Temos agora a missão de fazer um bom resultado aqui no México e levar a decisão para o Beira-Rio com uma vantagem", declarou.



Vantagem histórica contra mexicanos



O retrospecto do Inter contra equipes mexicanas é muito favorável. Em 13 jogos, foram oito vitórias, dois empates e três derrotas; 66% de aproveitamento. Contra o Chivas Guadalajara, adversário nesta final de Libertadores, o Inter venceu os dois confrontos de 2008, pelas semifinais da Copa Sul-Americana: 2 a 0 no Estádio Jalisco, com gols de Nilmar e Alex, e 4 a 0 no Beira-Rio, com dois de D'Alessandro e dois de Nilmar.



Do grupo de 2008, nove jogadores permaneceram no Chivas: os zagueiros Reynoso, Esparza e Ocampo, os meio-campistas Araújo, Solís, Báez e Mejia, e os atacantes Arellano e Medina.


Adversário embalado


O Chivas ainda não perdeu neste segundo semestre de 2010. A equipe iniciou o Torneio Apertura do México e, até agora, disputou dois jogos: empatou sem gols contra o Puebla e venceu o San Luis por 1 a 0. Pela Libertadores da América, a campanha segue favorável. O time mexicano recebeu o Univesidad de Chile pela semifinal da competição em empatou em 1 a 1, porém, em solo chileno, o Chivas venceu por 2 a 0 com autoridade.

Além dos torneios oficiais, a equipe de José Real soma ainda mais uma vitória em um amistoso contra o Manchester United, da Inglaterra, por 3 a 2. O jogo ocorreu no dia 30 de julho deste ano e serviu para inaugurar o novo estádio: o Omnilife.

SAUDAÇÕES COLORADAS.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inter avança à final da Libertadores

05/08/2010
O Internacional carimbou sua vaga à final da Libertadores da América mesmo perdendo para o São Paulo por 2 a 1, na noite desta quinta-feira, no Morumbi. O adversário na decisão é o Chivas Guadalajara, do México. A classificação ainda garantiu a equipe de Celso Roth no Mundial de Clubes Fifa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, no final do ano.


Foi emocionante a classificação colorada à final da Copa Libertadores da América 2010. O Internacional perdeu por 2 a 1 para o São Paulo nesta quinta-feira, no Morumbi, mas o gol qualificado de Alecsandro serviu para que a equipe do técnico Celso Roth garantisse vaga na decisão do torneio continental. No primeiro jogo, no Beira-Rio, o time largou em vantagem, com gol de Giuliano. Os gols dos donos da casa nesta quinta-feira foram de Alex Silva e Ricardo Oliveira.

Após quatros anos da histórica conquista da América, em 2006, o Inter voltou a fazer festa em São Paulo. A classificação ainda carimbou a participação do Inter no Mundial de Clubes Fifa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Isso porque o adversário colorado na final da Libertadores é o Chivas Guadalajara, do México, que não pode representar a Conmebol na competição mundial.

O primeiro confronto na decisão da Libertadores contra o Chivas será na próxima quarta-feira (11/08) no México. A grande final ocorre no dia (18/08), no Beira-Rio. O jogo contra Santos pelo Brasileirão, que seria realizado neste domingo, foi transferido, segundo informou a CBF.

O jogo


Não havia como começar diferente a semifinal entre São Paulo e Inter no Morumbi. Os donos da casa buscaram trocar passes e não perder tempo em tentar agredir a zaga colorada. O time de Celso Roth não acusou o golpe e neutralizou o ímpeto paulista nos 15 minutos iniciais. O São Paulo não conseguia atacar. Tanto é que a primeira finalização do jogo foi do Inter. Em uma boa jogada, aos 14min, Alecsandro chapelou Cléber Santana e chutou forte de fora da área. Ceni defendeu em dois tempos.
Dois minutos depois a equipe de Ricardo Gomes concretizou, enfim, sua conclusão. Hernanes enquadrou o corpo da entrada da área e soltou a bomba. A bola passou à direita de Renan. Aos 21min, novamente o Internacional chegou forte: Taison escapou pelo meio e concluiu a gol. Rogério Ceni teve que espalmar para o lado.




Gol de infelicidade

Foi impecável o desempenho do meio-campo colorado na etapa inicial. A anulação do ataque do São Paulo teve méritos total do sistema colocado por Celso Roth no jogo. Mas não era só se defendendo. Na saída de bola, Guiñazu, Tinga e companhia triangulavam na intermediária ofensiva. Somente em um lance pontual, os donos da casa poderiam marcar. E foi o que ocorreu.

Aos 30min, o São Paulo conseguiu falta pelo lado direito de ataque. Hernanes cobrou alto para a área. Renan, que vinha muito bem na partida, subiu para pegar a bola, mas ela acabou escapando. O lance ficou indefinido na frente do gol do Inter, e o zagueiro Alex Silva concluiu para as redes, 1 a 0.

O placar favorável fez o time paulista ganhar confiança. Contudo, aquilo que era o cenário de antes do gol se manteve. O São Paulo só buscava atacar com alçadas de bola para a área. Na maioria dos lances, a zaga colorada levou vantagem. O Inter poderia ter dado a resposta da mesma maneira que o seu adversário conseguiu furar o bloqueio. Alecsandro foi derrubado por dois jogadores na entrada da área, aos 40min. Falta boa para o time de Roth. D'Alessandro ajeitou o corpo e finalizou por cima do gol de Ceni. Foi a última oportunidade da primeira etapa.


Segundo tempo fulminante



Seria ótimo se o Inter fizesse um gol neste segundo tempo. Mas ninguém imaginava que isso iria ocorrer tão rápido. Aos 6min, D'Alessandro cobrou falta para a entrada da área e Alecsandro, na sua estrela de artilheiro, cutucou de calcanhar enganando o pulo do goleiro Rogério Ceni. Bola na rede, 1 a 1! Foi o 48º gol de Alecsandro em 99 partidas com a camisa do Inter. É o artillheiro da equipe na Libertadores com quatro gols, ao lado de Giuliano.
Mas a alegria colorada durou pouco. Dois minutos depois, o São Paulo voltou a ficar na frente no marcador. Ricardo Oliveira aproveitou rebote dentro da área e disparou um forte chute para o gol, 2 a 1. Mesmo assim, o resultado ainda favorecia o Inter, em função do gol qualificado.




Posse de bola com autoridade



A ideia, portanto, era segurar a bola, prender as jogadas e não deixar o São Paulo pressionar. Nos quase 40 minutos restantes, os donos da casa não conseguiram assustar o goleiro Renan. A equipe paulista tentava de tudo que é jeito criar oportunidades de gol, porém, o sistema defensivo colorado era eficiente. A entrada de Giuliano ainda ajudou o time de Celso Roth a segurar a bola no campo ofensivo. Nem a expulsão de Tinga, aos 33min, prejudicou o desempenho colorado.
Minutos finais emocionantes

Os 15 minutos finais pareceram décadas para a torcida colorada. O técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, tentou de qualquer maneira mudar o cenário da partida. Colocou mais dois atacantes em campo. Porém, o Inter suportou tudo com muita experiência. Alecsandro cavou várias faltas na defesa são-paulina, ganhando minutos preciosos no jogo.

Aos 46min, o útlimo lance perigoso contra o Inter veio dos pés de Hernanes. O volante botou a bola na área e Renan, Bolívar e Fernandão ficaram brigando por ela. O goleiro colorado conseguiu se esticar e tocar para fora, cedendo escanteio. Depois de falta marcada em cima de Renan, na cobrança do escanteio, a euforia dos colorados pôde ser sentida. Carlos Amarilla apitou para o centro do gramado e acabou o jogo. O Inter estava na final da Libertadores da América e no Mundial de Clubes Fifa mais uma vez!




Declarações



"Foi um jogo bom e emocionante. O grupo mostrou força e união. Acho que a arbitragem não foi bem na partida: marcou faltas inexistentes para o São Paulo e expulsou injustamente o Tinga. Mas faz parte. Nossa luta foi maior e estamos na final. E podem ter certeza: vamos lutar muito pela Libertadores. É isso que nós queremos", falou Celso Roth.

"Tem que valorizar o trabalho feito na intertemporada. Agora é pensar no Chivas como próximo adversário", projetou Bolívar.


"Até o final foi com o coração na mão. Estamos acostumados com isso: no sofrimento. Estamos na final mais uma vez. Vamos pensar no Mundial de Clubes depois. Queremos vencer a Libertadores de novo", extravazou Fernando Carvalho.
"Feliz demais. Tem que agradecer a esta torcida. Agora estamos na final para buscar o título", disse Wilson Matias.

"Graças a Deus que me proporcionou tudo isso. Estou realmente emocionado. Esta vitória é para todo mundo: minha familia, meus amigos e os colorados", afirmou Alecsandro.



"Expulsaram o Tinga da outra vez e não adiantou. Desta vez expulsaram de novo e também não deu. O certo é que vamos lutar pelo título", disse o assessor de futebol Giovanni Luigi.



São Paulo (2): Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Rodrigo Souto (Marcelinho Paraíba), Cléber Santana (Marlos), Hernanes e Fernandão; Dagoberto (Fernandinho) e Ricardo Oliveira. Técnico: Ricardo Gomes.



Internacional (1): Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga, D'Alessandro (Giuliano) e Taison (Wilson Matias); Alecsandro. Técnico: Celso Roth.
Gols: Alex Silva (S), aos 30min do primeiro tempo. Alecsandro (I), aos 6min do segundo tempo. Ricardo Oliveira (S), aos 8min do segundo tempo.
Arbitragem: Carlos Amarilla, auxiliado por Nicolás Yegros e Milcíades Saldívar (trio paraguaio).
Cartões amarelos: Amarelos: Fernandão (S); Tinga (I) e Kleber (I). Expulsão: Tinga (I).
Local: Estádio Morumbi, em São Paulo.
















SAUDAÇÕES COLORADAS.