Não faltava mais nada. Ou alguém dirá que sempre faltará alguma coisa, especialmente se vier do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A última presepada foi a retirada dos pontos do Internacional na tabela, até o julgamento da ação solicitada pelo Palmeiras.
Estamos diante de um dos maiores escândalos da história recente do nosso futebol brasileiro. O argumento do clube paulista é a interferência externa para a decisão da arbitragem, sendo que o árbitro reserva da partida, Jean Pierre Lima, já confirmou que avisou ao árbitro Francisco Nascimento da irregularidade. Mesmo que alguém consiga provar que o Delegado do jogo, Gérson Baluta, participou da decisão, é admissível que haja um julgamento sobre o fato, chamando os responsáveis a depôr e esclarecer a tal interferência, ocorrida em mais uma das tantas vezes em que isso aconteceu. O jogo ser impugnado por isso é mais que um absurdo. É má fé! Vaidade e uma irresponsabilidade de quem comanda o nosso esporte preferido.
Já imaginaram no precedente que seria aberto com isso? Ou então vamos anular a expulsão de Zidane na final da Copa de 2006, a expulsão de Rivarola na final do Mundial, em 1995, ou ainda o título da Copa das Confederações de 2009, quando o Brasil ganhou um pênalti contra o Egito, após a confirmação da TV. Culpar a imprensa também me parece fácil, na medida que isso sempre existiu. Eu, por exemplo, utilizo um monitor nas cabines e comunico em tempo real no rádio o que a TV mostra. Sabiam que os observadores de arbitragem e demais envolvidos no campo de jogo, escutam as rádios? A chamada “interferência externa” ocorre toda hora, seja da torcida, dos treinadores, dos profissionais de imprensa. A arbitragem não pode usar, pela regra. Mas nunca usou? E se usou, quem deve pagar por isso? Um repórter? Nossos valores estão distorcidos mesmo.
E tudo isso até seria até permitido discutir, pois vivemos num mundo em que 11 jogos são refeitos, prejudicando alguns, em detrimento de outros. No entanto, estamos debatendo a possível anulação de um jogo, solicitada por uma equipe que teve um gol com a MÃO anulado. O argentino Barcos merece uma severa punição. O árbitro alagoano e o adicional Evandro Bender/SC, também. Quem não tem nada com isso é o Inter e até agora foi o único prejudicado. Viva a INjustiça desportiva. Viva a malandragem “porca”. É o fim da ética no futebol.
SAUDAÇÕES COLORADAS.
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